terça-feira, 31 de maio de 2011

Como as Drogas Circulam no Corpo

As drogas circulam de maneira previsível pelo corpo e ganham maior velocidade e alcance a partir do momento em que entram na corrente sanguínea.
O sangue circula dos tecidos para o coração através das veias. Do coração, ele parte para os pulmões para adquirir oxigênio e liberar o dióxido de carbono. O sangue volta, então, para o coração através das artérias, carregando consigo a droga.
As drogas podem ser administradas oralmente, aspiradas pelo nariz ou inaladas até os pulmões. Podem também ser injetadas através da pele, de uma camada de gordura, músculo ou dentro de uma veia (via intravenosa). A injeção intravenosa é a via que produz os efeitos mais rápidos.

O que é a droga?

Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas,de animais e de alguns minerais. Exemplo a cafeína (do café), a nicotina (presente no tabaco), o ópio (na papoula) e o THC tetrahidrocanabiol (da maconha). As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. O termo droga, presta-se a várias interpretações, mas comumente suscita a idéia de uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento. As drogas estão classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os perturbadores das atividades mentais. O termo droga envolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos, tranquilizantes e barbitúricos, além do álcool e substâncias voláteis. As psicotrópicas, são as drogas que tem tropismo e afetam o Sistema Nervoso Central, modificando as atividades psíquicas e o comportamento. Essas drogas podem ser absorvidas de várias formas: por injeção, por inalação, via oral, injeção intravenosa ou aplicadas via retal (supositório).

terça-feira, 24 de maio de 2011

Viva a Vida e não se dependa da droga, pois ela não traz felicidade

reflicta sobre a vida e diga não à má vida !

Caracterização das drogas segundo a sintomatologia do síndrome de abstinência

Droga
Sintomas de abstinência
Opiáceos
(ex.: heroína)
Ansiedade e dispneia, mídriase (dilatação das pupilas), lacrimejo, rinorreia, calafrios, "pele de galinha", tremores e convulsões, hipertensão, diarreia e vómitos com consequente desidratação que em casos raros e extremos poderá levar à morte.
Benzodiazepinas
Insónia, desmaios, tremores e, em casos raros e extremos, febre, convulsões, delírios e coma.
Álcool
Nos casos ligeiros: tremores.
Nos casos graves: delirium tremens (delírios e alucinações, geralmente "visualização" de insectos nas paredes, tecto, etc.).
Anfetaminas
Cocaína
Depressão (por vezes grave, com risco de suicídio), apatia, sonolência, dores musculares.
Cafeína
Irritabilidade, nervosismo, entorpecimento intelectual.
Nicotina
Irritabilidade e ansiedade, cefaleias (dor de cabeça), secura da boca, obstipação

Caracterização das drogas segundo o perigo de provocar dependência física, psíquica e tolerância



Droga
Dependência física
Dependência psíquica
Tolerância
Tabaco
+
+ +
+
Canabinóides
-
+ +
+
LSD
-
+
-
Inalantes
+
+ +
+ + +
Álcool
+ + + +
+ + +
+ +
Benzodiazepinas
+
+ +
+
Anfetaminas
+ +
+ + +
+ + + +
Ecstasy
-
+
-
Cocaína
-
+ + + +
-
Heroína
+ + + +
+ + + +
+ + + +
Metadona
+ + +
+ + +
+ + +
Cafeína
+
+ +
+

Legenda:  inexistente (-);  ligeira (+);  média (++);  forte (+++);  muito forte (++++)

Como a comunidade e os pais devem actuar no combate ao uso de drogas:

01. Abordagem precoce - Uma escritora americana, Peggy Mann, escreveu um livro ontológico, cujo título no original é Twelve is too old (Doze anos já é tarde). Segundo a autora, deve-se começar a educar sobre as drogas mesmo as crianças de 9, 10 e 11 anos. As melhores escolas do país trabalham questões como sexo e drogas logo nas 5ªs séries. Quanto mais cedo for iniciado o ensino, melhor.
02. Programas educativos - Colaborar para estabelecer programas educativos permanentes sobre drogas nas escolas, ou mesmo fora delas. Tais programas devem ser destinados a crianças, adolescentes, jovens e adultos. Esses programas devem visar, inicialmente, à capacidade humana no sector, isto é, antes de educar nossos filhos, precisamos educar pais e mestres. É necessário formar multiplicadores para tal trabalho educativo.
03. Mobilização da comunidade - Mobilizar a comunidade para participar do projecto. Cada pai ou líder comunitário deve empenhar-se para a execução dos debates e palestras sobre o assunto, principalmente aqueles que visam à orientação de leigos.
04. Levantamentos estatísticos - Levantar a extensão do problema. A aplicação de questionários sigilosos, após palestras, conferências, cursos e aulas sobre drogas é uma boa medida. Os questionários devem ser preparados por especialistas neutros que não estejam envolvidos com o programa, para se evitar erros ou omissões e devem ser feitos de maneira a preservar rigorosamente o anonimato. Não devem ser aplicados aleatoriamente, mas após orientações correctas e adequadas do público alvo, procurando-se captar sua confiança para se obter respostas sinceras e confiáveis.
05. Oferta de novas actividades - Ampliar e diversificar as oportunidades, promovendo ocupações e lazer onde a droga não tenha lugar. Nesse sentido, é importante oferecer uma gama variada de actividades desportivas, recreativas, culturais, científicas, serviços à comunidade e outros. Estimular a imaginação criadora das crianças, adolescentes e jovens, apoiando-os nessas iniciativas, é outra excelente opção.
06. Estabelecimento de metas - Estabelecer metas realistas e humanamente viáveis. Por exemplo, pode-se estabelecer como uma das metas o uso corretor dos tranquilizantes sob orientação médica, como armas terapêuticas valiosas nos casos em que são bem indicados, e não querer eliminá-los simplesmente da terapêutica. Outro exemplo, é lutar para que os pais não ofereçam bebidas alcoólicas ou cigarros aos seus filhos, e não querer torná-los (os pais) totalmente abstémios.
07. Incentivo à formação de profissionais - Arregimentar (nos programas ou campanhas de prevenção) profissionais com formação especializada (médicos generalistas, psiquiatras, psicofarmacologistas, psicólogos, assistentes sociais, farmacêuticos, bioquímicos) ou pessoas com habilitação básica em saúde, educação, serviço social e áreas afins. É importante salientar que deve ser utilizada uma linguagem próxima do público alvo.
08. Cursos de preparação - Organizar cursos de extensão, congressos, seminários, simpósios, cursos de férias, cursos de especialização e outros nas diferentes áreas do abuso de drogas, a fim de preparar multiplicadores e adquirir recursos humanos no sector.
09. Estabelecimento de programas - Estabelecer, com realismo, os programas a serem cumpridos de modo que possam atingir realmente a população alvo. Por exemplo, não podem ser idênticos os programas destinados aos menores de rua (onde o uso mais comum é o de solventes voláteis - cola de sapateiro e outros) e programas dirigidos aos alunos de escolas particulares (onde geralmente é mais comum maconha e anfetaminas, e algumas vezes a cocaína). Isto sem falar nas profundas diferenças socio-económicas dessas populações-alvo.
10. Mobilização da opinião pública - Mobilizar a opinião pública através de encontros, jornadas, seminários, concursos de slogans, cartazes, temas, frases, mensagens. Principalmente, junto aos jovens. O objectivo de tais empreendimentos é destacar a gravidade do problema e retratar suas repercussões no meio social. Este tipo de prevenção é, tecnicamente, chamado de prevenção primária e, segundo a Proposta para uma Política Nacional de Drogas, elaborada pelo Conselho Federal de Entorpecentes em 1992, tem a finalidade de: a) antecipar-se ao início da experiência do uso de drogas, experiência essa - vivenciada em diferentes planos - do grupo familiar, da comunidade escolar, do meio profissional e do virtual usuário; b) atalhar o aprofundamento do uso experimental; evitar problemas decorrentes do uso de drogas; o abuso e a dependência, que são efeitos primários, e os efeitos secundários. Antes de continuar, vamos conhecer os factores de risco que a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu para considerar uma pessoa mais propensa ao uso de drogas: sem adequadas informações sobre os efeitos das drogas; com uma saúde deficiente; insatisfeita com sua qualidade de vida; com personalidade deficientemente integrada; com fácil acesso às drogas. Em contrapartida, a pessoa com menor possibilidade de utilizar drogas seria aquela: bem informada; com boa saúde; com qualidade de vida satisfatória; bem integrada na família e na sociedade; com difícil acesso às drogas.

Drogas e Consequências

Problemática da Droga


Presentemente, a problemática da droga faz parte do nosso dia a dia.
Considera-se importante que os jovens tenham conhecimentos que lhes permitam compreender esta tão complexa problemática, de forma a facilitar a criação de mecanismos de defesa nas situações de risco de consumo.
A curiosidade, a pressão do grupo e o gosto pelo risco são as principais causas que levam os jovens a experimentar a droga. A fuga a determinados problemas afectivos, de ordem pessoal ou familiar é uma razão comum, tanto nos jovens como nos adultos.

O percurso do consumo de droga está intimamente ligado à dependência que esta cria no consumidor.
O consumidor sente um intenso desejo de se drogar (dependência psicológica). O organismo fica dependente da droga e a falta desta provoca um grande mal estar físico (dependência física). Para conseguir o efeito desejado, o consumidor tem necessidade de ir aumentando a quantidade de droga.

A droga provoca alterações ao nível do sistema nervoso central podendo
 modificar o modo de pensar, de sentir e de agir.



Os efeitos da droga variam conforme o tipo de substâncias, o estado 
físico psicológico do consumidor e o contexto em que se ocasiona o 
consumo (ver detalhes em Drogas).
A droga vai dominando e empobrecendo a vida. Diariamente, o 
toxicodependente pode viver situações de risco de vida, ora por 
excessos de consumo (overdose), ora por ter determinados 
comportamentos (utilização de seringas infectadas e/ou relações 
sexuais sem protecção), os quais podem originar doenças incuráveis.
A relação com a droga pode levar a problemas com a justiça, 
devido a assaltos e outro tipo de roubos. E isto acontece, devido 
aos preços que a economia da droga a nível mundial estabelece, 
porque à custa da dependência de uns, enriquecem outros.

Diga não às drogas, veja e reflicta sobre isso !

Tipos de Drogas

Ácido
Anfetaminas
Barbitúricos
Cocaína
Heroína
Ópio
Cogumelos
Inalantes
Tranquilizantes
Maconha
Yagé
Chá de ST. Daime
Tabaco

Álcool
Crack

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Comportamentos Perante um Toxicodependente

Comportamentos Negativos:
  • Perseguir para vigiar o toxicodependente.
  • Dramatizar os seus primeiros consumos.
  • Culpabilizá-lo e recriminá-lo continuamente.
  • Fingir que não dá importância ao problema.
  • Deixar-se desrespeitar pelo toxicodependente.
  • Permitir que o toxicodependente lhe destrua a vida.
  • Ceder à chantagem e às ameaças (de que se matará, vai roubar ou prostituir-se se não lhe der dinheiro para a droga).
  • Chantagear ou ameaçar o toxicodependente para que ele se trate.
  • Fazer dele apenas uma vítima.
  • Fazer de si próprio uma vítima dele ou do seu problema.
  • Esconder a droga dele ou os seus utensílios.
Comportamentos Positivo: 
  • Fazer ver-lhe que está disponível para o ajudar a tratar-se (e nunca para o ajudar a comprar droga).
  • Dar-lhe afecto e compreensão (mas sempre recusando ajudá-lo a consumir ou a destruir a sua própria vida familiar e profissional).
  • Dialogar e reflectir em conjunto.
  • Impor um mínimo de regras ou disciplina em casa.
  • Aplaudir pequenos sucessos.
  • Não acreditar nos "charlatães" que prometem curas numa semana, e pelo contrário, assumir que a recuperação é um processo de meses ou anos .